quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Um artigo cómico (ou talvez não)...

“O site scientificmatch.com funciona com base na teoria de que as pessoas se sentem atraídas pelo cheiro de companheiros com um sistema imunológico o mais diferente possível do seu – e que essa informação e determinação pode ser feita através dos genes. Assim, depois de realizada a análise do DNA, os especialistas comparam os seus dados com os de outras pessoas existentes na base de dados para encontrar um sistema imunológico compatível. Ao analisar os sistemas imunológicos dos candidatos, os representantes do site asseguram que conseguem formar casais perfeitos, menos tentados para a possibilidade de traição e capazes de terem filhos mais felizes e saudáveis.”

In revista-qualquer-do-bar-da-faculdade-que-me-dei-ao-trabalho-de-copiar

Sorrisos. Gargalhadas. Piadas. Revirar de olhos. Tudo isto este artigo provocou a apaixonados e não apaixonados de um curso com uma cadeira de Genética onde aprendemos, logo na primeira aula, que chimpanzés e seres humanos partilham 99% do seu património genético.

Mas este artigo não é sobre chimpanzés… E acho que, entre as gargalhadas que enchem a mesa, todos nós nos perguntamos se acreditamos na definição de amor deste artigo ou não. O tal fenómeno mágico (que, afinal, segundo este artigo de mágico tem pouco…) que toda a gente quer viver.

Mas talvez a resposta a pergunta da praxe “Acreditas?” só dependa do grau de romantismo de cada um. Eu não sei. Não quero saber. Tal como os apaixonados que são os que se mais riem com este artigo, a origem do amor não me interessa. O facto de os americanos fazerem negócio com tudo também não. Interessa-me apenas aquilo que não consigo ver ou aperceber-me e que tendo à partida desprezar ou a rir. Como o facto de sermos ainda menos livres na escolha das pessoas de quem gostamos. Treta ou não, não deixo de acreditar, por segundos, quando as gargalhadas cessam por fim, que, tal como F.P. dizia, talvez:

“Isto é quem somos, e é tudo!”

(Ou não… Tu sabes? Eu não…)

2 comentários:

Plasticine disse...

Detesto essa mania que eles tem de explicar tudo...até coisas que não contribuem para uma melhor saúde. Querem desfazer a magia toda...nem sonhar deixam!

Não quero sentimentos explicados.

david johen. disse...

é gente que não tem mais que fazer xD como a plasticine disse e muito bem, 'não quero sentimentos explicados'. aliás, num tema tão vago e abstracto como o amor... duvido da fiabilidade disso. Por mais que no papel esteja a matemática a juntar duas pessoas, é impossível que isso se traduza imediatamente em sentimento mútuo.